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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Policiais civis de Pernambuco decidem nesta quinta se param por 24 horas

As delegacias de Pernambuco podem ficar sem policiais por 24 horas. Para decidir se farão a paralisação de advertência, os policiais civis do Estado realizam, nesta quinta-feira (17), às 17h, uma assembleia geral, na sede do seu sindicado, o Sinpol-PE, que fica em Santo Amaro, no Centro do Recife.

Na assembleia, ainda será decidido o dia em que os policiais podem parar. Eles tentam expor a insatisfação com as negociações da campanha salarial deste ano. Segundo o sindicato, o Governo do Estado tem tratado a classe com descaso. O Sinpol-PE afirma que a pauta foi entregue em 14 de fevereiro e foi tratada com indiferença pelo poder estadual.

Outras reivindicações são a precariedade e falta de viaturas, além de más condições de trabalho, com longas jornadas extras. Os policias enfatizaram que a quantidade de coletes à prova de balas é pequena, comprometendo a integridade dos agentes nas operações.

Além disso, uma pesquisa realizada pelo próprio Sinpol-PE detectou diversos problemas estruturais nas delegacias, como paredes rachadas e teto cedendo. Ainda foi constatada a falta de banheiros e xadrez para colocar os novos presos.


Em nota, a Secretaria de Administração (SAD) respondeu que as negociações salariais para os próximos três anos foram feitas com o próprio sindicato. De acordo com a secretaria, em 2012, 2013 e 2014 serão concedidos reajustes de 8,4%, 8,14% e 14,55%, respectivamente.

RETROSPECTIVA - Há um mês, os policiais cruzaram os braços por 24 horas. Ainda no dia 18 de abril, realizaram um ato em frente à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Imbiribeira, Zona Sul do Recife. As atividades do DHPP ficaram restritas à operação padrão, só executando investigações fora da unidade mediante cumprimento legal dos procedimentos básicos de segurança e de qualidade de prestação de serviços.

Cerca de 10 dias depois, os sindicalistas acusaram um policial da Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social de espioagem. Segundo o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho, ele fez perguntas sobre a paralisação sem dizer ser da corregedoria e usava um óculos com uma câmera e gravou toda a conversa. Por meio de nota no site, o sindicato disse que prestou queixa sobre o ocorrido e "está tomando as medidas judiciais cabíveis."

Depois da polêmica, no último dia 2, foi realizada uma assembleia, quando foi decidido que seria realizado um ato em frente à Delegacia de Prazeres, para protestar contra a carga horária de trabalho. Segundo o sindicato, os plantões são extensos.

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